A urbe, núcleo de perversom

"Progresso" corrupto e estrangeirizador, fronte á Tradiçom virtuosa.

O Caurel esnaquizado

O desarraigo à terra, e o senhoritismo é algo que se vêm dado dende há muitos anos trás, especialmente no chamado “ocidente”, e acentua-se desmesuradamente a finais do Século XX.

A construçom de cidades, e o éxodo do rural, nom foi mais que um pequeno passo para criar umha sociedade material e des-humanizada, carente de vida, a qual esperta só em domingo.

O homem, é um ser magnífico, dotado e capaz de cumprir metas espectaculares, mas assim como é capaz de realizar maravilhas, também o é de sementar o horror, maldade e cometer as barbáries mais terríveis, e bem seguro que som estas as facetas às que se adica mais a miúdo.

Deste jeito, podemo-nos atopar que o deplorável caciquismo de séculos passados, tornou-se já em "pastoreio" ao governar ao gando de gente, castrada e açoutada dende tempos imemoriais, que segue obedientemente às ordes do maioral, de nome "capital-ismo" e de apelido "global-izaçom". 

Quando a um rabanho enchido de mansedume, estabeleces-lhe umha meta e um meio para chegar a ésta, o borrego ve-se realizado. E se quadra isto nom seria mau de tudo se nom  for aque, a meta é fazer-se rico; e o meio, o dinheiro a qualquer preço.

Achamos entom "pessoas" despojadas de Nobreza, de Justiça, de Verdade, e de Honra. Dons com os que tudos nascemos, e dos que umha imensa maioría se vai desfazendo, trocando-os por capas de aparentes cores de seda por fora, e escuros e raidos tecidos por adentro.

Tuda esta branha cosmopolita é o que abonda na urbe, e que dumhas geraçons a outras vai-se enchendo de maior sujidade, fazendo do terreo algo irrecuperável. 

Pola contra contamos que a nossa Gallaecia, ao igual que boa parte de Europa ainda conta com a natureza como meio no que desenrolar umha vida  de virtudes e valores morais e físicos, podendo pois ser libertadas da praga tomando medidas severas e revolucionárias.

Som as aldeias a antítese das cidades, e do senhoritismo, a pesares do inevitável contágio paulatino que sofrem por mor das urbes, onde o individualismo, o vício, a corrupçom,  o preciosismo, a perversom, a droga, a delinquência, a imigraçom, e o destacamento do indivíduo por cima dos demais é o que abonda. Sendo ademais os núcleos de miséria e riqueza, onde as diferenças entre os grupos sociais som fortemente marcados, criando a tendência ao  gueto.

Cabe entom formular-mos a pergunta de se é realmente progresso aquilo que nos vendem como tal. A resposta é rotunda: NOM.

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